No mês passado (03/09) o Pr.
Ciro Zimbordi se colocou em seu blog, de uma maneira plausível, a respeito do
calvinismo e do arminianismo. Vejamos o que ele relata.
De um lado, alguns
calvinistas dizem defender as "doutrinas da graça" ou os cinco pontos
do calvinismo. De outro, alguns arminianos também dizem advogar as
"doutrinas graça" ou os cinco pontos do arminianismo.
Como esse debate tem sido,
em muitos casos, inglório e carnal, não seria melhor que todos os cristãos
priorizassem uma outra palavra, também de cinco letras: BIBLE? Risos. Afinal, o
que veio primeiro: o ovo ou a galinha? Gracejos à parte, por que falar tanto de
Calvino e de Armínio? Por que enfatizar tanto o calvinismo e o arminianismo,
que são meras escolas de interpretação, em vez de priorizar a abordagem
exegética? Ou será que, para nós, essas escolas são sinônimo de Evangelho?
Sinceramente, quando assisto
a alguns debates na Internet entre "sunitas", quer dizer, calvinistas
e "xiitas", ou melhor, arminianos — os quais se digladiam cheios de
soberba para ver quem humilha mais seu oponente, tachando-o disto e daquilo —,
fica a impressão de que foi Calvino quem afirmou: "Eu sou o caminho, a
verdade e a vida" e a de que Armínio lhe respondeu: "Eu sou a porta;
se alguém entrar por mim, salvar-se-á".
Façam-me o favor, senhores!
Aonde pretendem chegar com esse debate inútil e inglório, que a nada leva!
Cresçam! Ou será que vocês, que tanto se gabam de conhecer a verdade, ainda não
nasceram de novo, visto que se comportam como carnais?
Não vejo a necessidade de me
declarar arminiano, pois o Senhor Jesus e a sua Palavra precedem e transcendem
Armínio e o arminianismo. Mas respeito quem faz questão de bater no peito e
dizer: "Eu sou arminiano". Aliás, respeito muitíssimo os irmãos
calvinistas também. E, conquanto tenha amigos nas duas escolas, repito sempre
que, como analista, não me considero nem arminiano nem calvinista, pois o meu
objetivo é priorizar a Palavra de Deus, embora valorize as escolas de
interpretação. Aprendi que a teologia é o que os teólogos dizem da Bíblia,
enquanto a Bíblia é a própria Palavra de Deus!
Finalmente, quanto ao termo
"reformado", penso — com todo o respeito — que ele não é de propriedade
exclusiva dos calvinistas. Entretanto, todos os cristãos, independentemente do
rótulo que gostam de ostentar, deveriam prezar muito mais o adjetivo
"transformado" (cf. Rm 12.1,2), não é mesmo?
Por fim: “Examinai as
escrituras, pois julgais ter nelas a vida eterna e são elas que testificam de
mim”(Jo 5:39) disse Jesus.
0 Comentários